A Lei de Herodes

O filme não é nenhuma superprodução em termos de orçamento, pelo contrário, as locações, o cenário, os figurinos, são bastante proporcionais ao roteiro simples, despojado a afinadíssimo ao que o produtor e diretor almejavam. Ver um filme de magro orçamento se elevar acima de suas dificuldades já é um milagre indescritível, mas este “A Lei de Herodes” está entre os melhores que já vi, nesse aspecto. O elenco é de primeira, de uma competência ímpar; o roteiro tem a marca dos melhores exemplares da América Latina, algo que os que não são ingênuos, sabem que é muito; os figurinos, a montagem e a direção do Luis Estrada são espantosos, tudo convergindo para aquele pesadelo árido, o momento e o local em que a corrupção denigre tudo, e tudo é cômico de tão maltratado, uma fábula triste. Ter visto esse filme, foi um “achado valioso” na compreensão de uma visão marginal e poderosa, completamente fora dos conceitos exageradamente urbanos do cinema americano.

Enviado por  magrao1952