Pier Paolo Pasolini Melhores filmes por diretor

Pier Paolo Pasolini

Pier Paolo Pasolini (Bolonha, 5 de março de 1922 — Óstia, 2 de novembro de 1975) foi um cineasta, poeta e escritor italiano. Em seus trabalhos, Pasolini demonstrou uma versatilidade cultural única e extraordinária, que serviu para transformá-lo numa figura controversa. Embora seu trabalho continue a gerar polêmica e controvérsia até hoje, enquanto Pasolini ainda era vivo, seus trabalhos foram tidos como obras de arte segundo muitos pensadores da Cultura italiana. Realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e sobre a Oréstia, de Ésquilo, que pretendia filmar na África (Apontamento para uma Oréstia Africana). Seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano (na época fortemente ligado à igreja católica), que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade. Além disso, seu cinema foi marcado por uma constante ligação com o arcaísmo prevalecente no homem moderno. Prova disso é a obra Teorema, em que um indivíduo entra na vida de uma família e a desestrutura por inteiro (cada membro da família representa uma instituição da sociedade). Dirigiu os filmes da Trilogia da Vida com conteúdo erótico e político: Il Decameron, I racconti di Canterbury e Il fiore delle mille e una notte. Pasolini, em um determinado momento da sua vida, renegou esses filmes, afirmando que eles foram apropriados erroneamente pela indústria cultural, que os classificava como pornográficos. Essa trilogia foi filmada na Etiópia, Índia, Irã, Nepal e Iêmen. Os filmes eram dublados em italiano. Pelo conteúdo pretensamente classificado como erótico, foi proibido nos Estados Unidos e só chegou a ser exibido ali na década de 80. No Brasil, só foi exibido após a abertura política. Em Accattone, de 1961, Pasolini pôs em prática sua visão sobre a classe do proletariado na sociedade italiana da época. Gostava de trabalhar com atores amadores e do povo. Na madrugada entre 1º e 2 de novembro de 1975 Pasolini foi brutalmente assassinado, em local próximo ao hidro-aeródromo de Óstia. O cadáver foi encontrado por uma senhora às 6h30min. Foi seu amigo Ninetto Davoli que reconheceu o corpo[2]. Giuseppe "Pino" Pelosi, à época com dezessete anos, já conhecido pela polícia por roubos de veículos, tendo sido detido na mesma noite por estar guiando o carro de Pasolini, cumpriu pena como assassino confesso. Pelosi afirmou que abordou Pasolini nas cercanias da Estação Termini, no Bar Gambrinus da Piazza dei Cinquecento, quando foi convidado a entrar em seu veículo (uma Alfa Romeo 2000 GT Veloce) mediante promessa de um soma em dinheiro.


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