José Carlos Burle Melhores filmes por diretor

José Carlos Queiroz Burle (Recife, 19 de julho de 1910 — Atibaia, 23 de outubro de 1983) foi um compositor, ator, crítico de rádio e cineasta brasileiro. José Carlos Burle e o irmão Paulo unem-se, em 1941, a Moacyr Fenelon e inauguram a Atlântida Companhia Cinematográfica do Brasil S/A. Aos três, une-se o Conde Pereira Carneiro, proprietário do Jornal do Brasil. A Atlântida Cinematográfica, produz, nos primórdios de funcionamento, cinejornais – as Atualidades Atlântida. Burle é compositor de sucessos como, Cabocla, gravada por Ary Barroso, Quase nada, gravada por Francisco Carlos e Meu limão, meu limoeiro, gravada por intérpretes como Inezita Barroso, Wilson Simonal e Eduardo Araújo. No cinema, Burle está presente como ator, montador, diretor de arte, compositor e produtor de quase todos os filmes que dirigiu. O primeiro longa-metragem produzido pela Atlântida e dirigido por Burle é Moleque Tião (1943), estrelado por Grande Otelo e inspirado na infância do protagonista. Em 1946, o Presidente Gaspar Dutra assina o decreto 20.943, que estabelece reserva de mercado para filmes brasileiros. Este decreto vem a calhar para as produções da Atlântida. Em sociedade com Luís Severiano Ribeiro Jr. – proprietário de uma cadeia de cinemas, uma empresa de distribuição e um laboratório de processamento de filmes – a Atlântida produz uma média de três filmes ao ano. Burle é o primeiro diretor a abordar conflitos raciais, em 1949, com o filme Também somos irmãos. No final da década de 1950, o governo de Juscelino Kubitschek é mais receptivo a produtos culturais estrangeiros e o cinema estadunidense é o grande vilão. Tal abertura é fatal a produção da Atlântida – cujo método é bastante artesanal. No ano de 1962, a produtora fecha suas portas. O último filme de Burle é Terra sem Deus, produzido por Recifilmes, em 1963.


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