Buster Keaton Melhores filmes por ator

Buster Keaton

Buster Keaton, nome artístico de Joseph Frank Keaton Jr., (Piqua, 4 de Outubro de 1895 – Woodland Hills, 1 de Fevereiro de 1966), foi um ator e diretor norte-americano de comédias mudas, considerado o grande rival de Charlie Chaplin. Nascido no mundo do vaudeville, (mistura de teatro e circo muito popular nos Estados Unidos) em fins do século XIX, Keaton começou sua carreira artística participando de um número com seus pais chamado Os três Keatons onde a grande piada era como disciplinar uma criança mal-educada. Depois de algum tempo fazendo pontas em filmes, em 1920 Buster começou a dirigir seus primeiros curtas. O humor nos filmes de Buster Keaton, basicamente, se fazia através das chamadas gags; corridas, quedas, fugas. Uma das grandes inovações de Keaton, no entanto, é o fato de sua comédia se basear num personagem impassível, que mantém as mesmas feições diante dos fatos ocorridos. Isso explica os apelidos dados a ele pelos críticos; O Grande cara de pedra e O homem que nunca ri. Em Portugal (e Espanha) era conhecido por "Pamplinas". Keaton percebeu que ao não modificar sua expressão, o espectador projetaria suas aspirações sentimentais, sensoriais e morais. Assim, pode-se afirmar que, de certa forma, ele pré-concebeu intuitivamente a famosa Experiência Kuleshov. Em O Homem das novidades, Keaton interpreta um fotógrafo que, para se aproximar da bela secretária do cinejornal da MGM, troca sua câmera fotográfica por uma câmera de cinema e se torna um cinegrafista. O filme discute o cinema e a relação entre ficção e realidade no momento derradeiro do cinema mudo, através de organização caótica dos elementos. Foi o primeiro filme de Keaton na MGM, tempo que este gostaria de esquecer, uma vez que o grande comediante da época se tornou um mero ator assalariado, sem nenhuma independência artística, no recém formado estúdio. No começo da década de 1930, passa por uma fase de decadência, por ter assinado um contrato com o estúdio Metro pelo qual perde o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e tem de aceitar roteiros impostos pelo estúdio. Ao contrário de Chaplin, o estrelato e veia cômica de Keaton não sobreviveram à conversão de Hollywood ao cinema falado. Para piorar, a vida pessoal de Keaton estava em frangalhos, após um divórcio doloroso. O consumo de álcool de Keaton aumentava proporcionalmente aos seus problemas pessoais. Após sobreviver por duas décadas de comédias sonoras baratas e eventuais aparições públicas, Keaton volta à evidência ao participar em 1952 do filme Luzes da Ribalta de Charles Chaplin.[1] Por ironia, esse filme sobre um artista em decadência salva da decadência o artista Keaton. Depois de contracenar com Chaplin, a única participação conjunta dos dois grandes artistas da comédia num mesmo filme, Keaton voltou a casar, parou de beber e representou diversos papéis secundários no teatro, TV e cinema. Faleceu em 1 de fevereiro de 1966. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos.


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